MANUTENÇÃO DA VIDA
- Vivian Favero
- 10 de jan. de 2023
- 2 min de leitura

O nascimento é considerado por nós humanos, como o momento em que se inicia a vida. Biologicamente, uma nova vida tem seu início pós fecundação, no entanto, este debate é dependente de diferentes pontos de vista, todos influenciados por religião, ciência, ideologia e até legislações, mas a realidade inquestionável é que até o momento do nascimento, a vida embrionária ou fetal é totalmente dependente do organismo materno, uma relação parasitária* (no bom sentindo), sem a qual nada seria possível.
A quebra deste vínculo só se dá após o nascimento, o marco zero da nossa existência, através do corte do cordão umbilical, responsável até então pela nutrição e trocas gasosas.
O primeiro choro, simplesmente simboliza o início da luta solitária pela manutenção da vida, que começa com uma dor lacerante causada pelo ar inflando pela primeira vez nossos alvéolos pulmonares (primeiro suspiro). Este ato, considerado o “start” do nosso sistema nervoso autônomo (SNA)** também interliga todos os sistemas responsáveis pela homeostase, e como em um ato ensaiado por milhares de anos, relacionamos o choro a nossa comunicação prematura, manifestando através dele nossas necessidades básicas por alimento, afeto, carência, desconfortos e dores.
Somos mamíferos, animais pertencentes a classe Mammalia, e isto nos torna além de portadores de glândulas mamárias, dependentes de aleitamento materno para nosso desenvolvimento. Crucial nos primeiros 6 meses de nossas vidas, no leite materno encontramos nutrientes e imunoglobulinas***, estas essenciais contra microrganismos.
Com o passar dos meses o maior contato com o ambiente, desperta nosso organismo, e assim, passamos a desenvolver nossa própria imunidade, aliada a educação de nosso sistema digestivo a uma grande variedade de alimentos.
Nosso aprendizado harmoniza-se e desenvolve-se graças a infinitas conexões neurais, que são formadas e moldadas diariamente induzindo-nos a total independência. Proporcionalmente, amadurecemos e adequamos nosso organismo a cada uma das fases de nossas vidas, as quais visam o início o meio e o fim.
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