PARTÍCULAS DE MEMÓRIA

Curiosamente, a física quântica define os átomos como partículas e ondas que se modificam respondendo à mente de quem as observa.

Após inúmeras linhas transcorridas, já nos está claro que o conceito de que somos energia (átomos = vida) é mais que fidedigno. Também nos fica evidente, que desde o “início dos tempos”, vivemos em uma contínua reciclagem atômica, que unifica Universo e o torna interativo.

Já a concepção matéria e mente, para olhos desatentos, parece ser um pouco assustadora. No entanto, partiremos do princípio de que nossos cérebros são formados por células chamadas de neurônios, estes por sua vez, são formados por moléculas constituídas por átomos.

Cada pensamento ou sentimento são manifestadas por meio de sinais elétricos entre os neurônios, gerando uma marca eletromagnética capaz de ser transmitida consciente ou inconscientemente ao meio, nos levando a atitudes, emoções e comportamentos diversos, ou seja, pensamentos influenciam a vida cotidiana.

Albert Einstein (1879-1955) já acreditava que o surgimento de partículas atômicas em determinados locais não era um fenômeno quântico puramente aleatório. Hoje a física quântica nos mostra que a simples OBSERVAÇÃO de partículas afeta a conduta da energia, provando que mente e matéria já não podem continuar sendo consideradas de forma separada.

Como cientista, minha mente sempre esteve em constante ebulição e desde criança sempre fui extremamente questionadora diante de padrões coletivos regidos por crenças. Assim, exaustivamente por anos indaguei dogmas, regras, punições, sofrimento, bondade, maldade, doação, obrigação, promessas, céu, terra, inferno, limbo, destino, carma, vidas passadas, livre arbítrio, luz, escuridão, sombras, deuses, deusas, santos, anjos, doutrinações, positivismo, desejo, realização, escolhas espirituais, feitiços, magias, encantos, energias, telepatia, meditação, cristais, autoajuda e misticismo. Como resultado, esgotei minhas forças, compreendi as forças doutrinárias e voltei-me a profunda incredulidade.

Ironicamente, em um momento de quebras de crenças pelo enfrentamento de um câncer, e em reta final de meu mestrado* , uma frase dita pelo meu orientador, trouxe-me um mundo novo de percepções. Em poucas palavras, extasiado naquele momento pelo mundo das redes de conexões, diz, “nossas mentes se entrelaçam e comunicam-se por fios que saem de nossas cabeças”.

Imediatamente, lembrei-me da Teoria do Caos** , descrita em 1960 por Edward Lorenz, conhecida também como “Efeito Borboleta”, e inesperadamente a imagem da malha invisível que nos cerca, denominada Campo Ponto Zero*** surgiu em minha mente. O conceito de campo mental floresceu e ideias até então fragmentadas começaram a se solidificar, dissolvendo perguntas prontas, afirmações idiotas e padrões de terceirização (auxílios, pedidos, culpas) existentes em minha mente.

Não custa lembrar que átomos são energia, então, você é primordialmente pura energia, claramente concretizada na forma orgânica, mas, que possui a capacidade e a sensibilidade de se autorregular em um meio repleto de padrões e frequências energéticas dinâmicas e totalmente mutáveis, que como fios em uma grande teia facilitam a movimentação, a vibração, a comunicação pág. 47 e interação de outras energias com os nossos corpos. Estas energias, por sua vez, carregam em si potencial positivo, negativo, sentimental, emocional, perceptivo e até ancestral (memória).

Entenda, seus pensamentos, emoções, ações e hábitos são os responsáveis pelo acesso a estas frequências. Portanto, o segredo vai além do positivismo. O verdadeiro segredo está no equilíbrio entre positivo e negativo, na interação saudável e amável com o meio, na intenção de ser e fazer o melhor, no movimento contínuo sempre à frente, no conhecimento do ser e estar, no entendimento da realidade e na gratidão do pertencimento.

“Na natureza se encontram os segredos mais sutis, os das energias que estruturam o Cosmos e o homem por meio dos inúmeros níveis da sua realidade.”

Frederic Lenoir