POR TRÁS DO SORRISO MADURO, RESIDE UMA CRIANÇA FERIDA.
- Vivian Favero
- 9 de fev. de 2024
- 1 min de leitura

Na caminhada da existência, há indivíduos que se deparam com um processo de amadurecimento precoce, carregando sobre os ombros o fardo das responsabilidades adultas desde os primeiros anos. Uma pequenina alma que, devido a circunstâncias intricadas, viu-se compelida a enfrentar desafios para os quais ainda não possuía maturidade cronológica.
Atualmente, sob a máscara de um adulto, oculta-se uma essência marcada por dores que chegaram antes do tempo, uma criança que foi compelida a trilhar o caminho do crescimento de forma abrupta. A expressão serena e a postura madura escondem as marcas de uma infância que se esvaiu em uma corrida contra o inexorável avançar do tempo.
Essa alma robusta carrega consigo as memórias de uma inocência subtraída e de sonhos abruptamente interrompidos. A despeito de ter aprendido a navegar pelas turbulentas águas da existência, há um pedaço dela que permanece ferido, clamando por aqueles dias em que a maior preocupação era o próximo brinquedo ou a aventura no quintal.
No presente, o adulto que emergiu dessa infância precoce talvez encubra a dor por trás de um sorriso, resguardando com maestria a vulnerabilidade imposta por adversidades precoces. Contudo, a jornada de cura se desenrola de forma contínua, revelando a possibilidade de resgatar um tanto da leveza que se perdeu.
Ao reconhecermos a narrativa dessa alma, abrimos as portas para a compaixão e a compreensão. Cada passo rumo à cura é um ato corajoso, uma jornada de retorno à criança que merece ser recordada, acolhida e, sobretudo, amada.
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